quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Quem é capaz de confessar?

Escrevi o livro Confessionário urbano pensando na possibilidade de também disponibilizá-lo em áudio para as pessoas. Por isso o fiz de uma forma diferente, quase experimental. Ele é um livro que conta a história de várias personagens femininas que poderiam facilmente viver nos tempos de hoje. Foi todo escrito em primeira pessoa para dar um certo realismo e deixar que o leitor imagine algumas coisas que ele não descreve intencionalmente. Como tudo na vida é acidente, gravando a última postagem do blog pensei em retomar a idéia do áudio do livro. Só que desta vez com um moderno sabor de nostalgia daquilo que não vivemos. Quero resgatar o conceito de rádio novela. Então eis aqui meu web romance ou minha áudio novela. Mas lembrem-se NAO SOU NENHUMA DAS PERSONAGENS. Sei que vou provocar algumas confusões com isso. Os que já leram o livro e interagiram comigo me alertaram bastante a respeito. Mas eu estou disposta a correr este risco. A partir de hoje o postarei semanalmente.Espero que gostem. Com vocês, CONFESSIONÁRIO URBANO ...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Criatividade

Muitos estão curiosos. Se nunca me viram, ao menos poderão dizer que já me ouviram. Criatividade.

sábado, 11 de setembro de 2010

Eles dois


Ela ousava. Não tinha medo da vida que se anunciava. Era ela a vontade materializada. Uma mulher que se deliciava muito mais com o percorrer da estrada do que com o simples chegar a um lugar que não poderia oferecer mais nada. Se era vadia desconhecia aquilo que a palavra significava. Uma louca que vivia enquanto sua própria vida a incendiava. Uma personagem cravada no texto que eu não mais dominava. Um texto para uma história inventada. Arte pelo nada. Jamais subestimada.
Estava só. Nu de si mesmo. Sem identidade e direito a recomeços. Habitante das sarjetas viciadas e dos medos mais violentos da alma, entorpecido pela ausência de pensamento, ébrio de arrependimentos e mágoas. Movido pelo desespero do desconhecimento perfeito de si mesmo.
Os dois, falsos donos dos seus motivos, andavam madrugando pelo vazio invadindo o imaginário dos que se acovardavam ao ouvirem os seus gritos, tomando banho com fagulhas em gotas dos riscos corridos, se embebedando de absintos de abismo e precipícios.
Um dia se esbarraram na borda dos limites que tanto procuravam. Se desapaixonaram e viveram sem limites neste texto pra sempre.

Aos amigos.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Ato

Sempre madrugavam poesia quando se faziam vivos na sensualidade dos seus corpos.
Olhares que se tocam, se aproximam e se provocam.
Duas taças de sonhos para saborearem um ao outro.
Todo desejo que brota não pode ser saciado aos poucos.
Vontades não controlam o sabor deliciosamente louco dos versos nas bocas atormentadas que se calam alucinadas pelo silêncio sedutor das palavras.
Pele eletrificada para ser saciada.
Gestos sonoros amplificam o desejo de que algo lhes falta.
Busca incessante e desesperadamente necessária
Movimentos alucinados desprovidos de alma
Sons exalam sensações indizíveis e mágicas.
Exaustos com a busca terminada.
Coração acelerado.
Respiram calma.
Vida
Consumados sonhos.

domingo, 5 de setembro de 2010

Não se puderam


Não se puderam evitar.
Eram dois amantes que traziam no pensamento o medo de se entregar ao mesmo tempo em que seus corpos eletrificados perdiam o ar.
O que a razão duvida o amor é capaz de acreditar.
Lutaram desesperadamente um contra cada sentimento até espatifarem suas razões contra o olhar.
Exaustos da batalha se perderam.
Em seus corpos mapas para encontrar o que não conseguiam mais desafiar.
Dúvidas germinavam em seus pensamentos.
Diferenças cortavam fundo seus desejos mais intensos.
Apesar de navegarem contra os ventos.
Perderam a guerra para ganhar o amor.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A dois

Eles se silenciavam alheios as razões em um universo pessoal com a mais total e plena ausência de palavras. O que o silêncio abriga as vezes o verbo mata. Tempo que não ousava movimentar um fragmento sequer da vida que estática loucamente se agitava através dos olhos que se entrelaçavam além das possibilidades mais poéticas e inesperadas. Quando a poesia atinge o coração dispara. Nada poderia perfurar a razão com mira mais exata. Sangravam em versos sem voz que inebriavam. Entorpecimento da alma. Versos de nada. Poesia evaporada.
Uma história a dois nunca está contada.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Constituição dos versos

Estou postando hoje para tentar justificar minhas ausências de postagens com um motivo quase justo. Depois de um exercício poético daqueles que mexem com as entranhas de  qualquer um tenho o prazer de informar que meu livro de versos ( não poesias, vocês vão entender) está chegando a sua forma definitiva. Ele se chama " Constituição dos versos - Carta Magna do Reino dos meus Sonhos" . Como todas as coisas que eu escrevo e que ouso chamar as vezes de livro a forma fica bem longe do convencional. Ele é realmente uma Constituição poética, só que pessoal, fruto do meu olhar de quase poeta, incerta pelo mundo.
Em breve postarei mais informações.
Beijos
PS: Voltarei a atualizar o blog diariamente a partir do final de semana.