sábado, 31 de julho de 2010

Como surgiu o Confessionário urbano

Na verdade a primeira idéia não foi de um livro, mas sim de um aúdio livro. Como o texto é a história de uma mulher que ao buscar escrever um livro sobre o universo feminino decide gravar fitas ( este fato é uma dica do período em que acontece a história ) com o depoimento de outras mulheres a respeito de suas próprias vidas pensei em criar um áudio destes textos para serem interpretados por atrizes com o intuito de provocar uma sensação de realidade no ficcional, deixando assim o ouvinte/leitor confuso sobre a veracidade ou não dos depoimentos.
Após a definição da idéia inicial comecei a pensar em quais temas relacionados ao universo feminino eu  pinçaria para criar os textos que iriam compor o audio livro.
Defini alguns. A maioria continua na versão atual.
Durante um bom tempo, para desenvolver meu trabalho o mais próximo da realidade possível, li muitas matérias e assisti programas de noticiário policial, conversei com pessoas, escutei histórias, caminhei.
Minha maior necessidade era a de conseguir reproduzir um texto que pudesse ser lido e sentido como voz, palavra viva. Precisava que o texto se tornasse acima de tudo audível, sonoro, oral.
Buscar me tornar uma escritora focada no som das palavras foi um exaustivo e desafiador exercício.
Quando me senti preparada me voltei a construção dos textos. Trabalhei muito em cada um deles. Eu precisava escrever como fala a palavra de mulheres com histórias que eu nunca vivi nem na minha mais fértil e tenebrosa imaginação. Precisava dar a elas uma verdade, um sentimento, uma emoção capaz de ser transmitida apenas pela palavra, sem nenhum auxílio gestual. Criei sem perceber um laboratório teatral emocional. Descobri a necessidade da construção de um ritual para conseguir alcançar o objetivo que eu tinha em mente. Criei para cada personagem uma trilha sonora própria, que eu escutava para conseguir "entrar em suas almas ", construí também uma vida que eu pudesse visualizar como um filme mentalmente. Faltava a voz. Neste momento surgia o texto com toda sua carga, intensidade. Ao escrever me deixava sentir cada palavra, me entregava, ia ao meu limite. Terminava cada texto pensando em desistir, mas depois voltava ao trabalho. Cansei, me emocionei, chorei, fiquei mal, mas sobrevivi.
Gostei parcialmente do primeiro resultado. Descobri que não era para ser gravado. Senti a necessidade de manter em texto, mas achava que no formato de livro não estava fechado.
A primeira coisa que percebi foi a necessidade de um novo formato. Decidi não separar os textos em capítulos, delimitados. Gosto do inexato.
Decidi logo na sequência criar outros personagens que dessem ao livro um outro traço, que não perdesse o estilo de depoimento mas que inserisse a autora ( ficccional ) na história. Fui os encadeando. A sequência do texto virou uma sucessão de acontecimentos.
Optei por fazer prevalecer no texto a dúvida. Resolvi deixar o leitor escolher se o que ele lia eram depoimentos coletados pela primeira personagem ou se eram pedaços da sua vida que ela contava.
O livro tomou forma.
Assim surgiu o Confessionário urbano.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Mais uma forma de interagir, fazer contato

Ampliando mais ainda os horizontes desta nossa relação leitor/autora estou disponibilizando aqui o email do livro para que possamos interagir. Aguardo contato.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Confessionário urbano - o livro

Criei este blog para que ele nos aproxime, leitor e autora.
Não pretendo apenas me expressar, quero ouvi-los.
Desejo saber dos que ainda não leram o que esperam do livro. Já dos que leram quero saber as impressões, opiniões, críticas e histórias vividas de confessionário urbano neste mundo.
O espaço está aberto.
Aproxime-se.
Amigo leitor, a casa é toda sua.
Estou aqui esperando por você.
Monica Gonçalves
A autora